Um passo importante...

Esse é um post pessoal, cheio de detalhes sobre mim, minhas opiniões e uma decisão. Não é um post curto, nem mesmo um simples texto corrido, mas espero que sirva de inspiração, lição, ideia, ou qualquer outra coisa boa para você que escolher continuar essa leitura.

Cada pessoa tem em sua vida algumas decisões que são muito importantes, o que faz com que sejam decisões difíceis de se tomar. O que é muito simples e óbvio para alguns, talvez não seja para outros.
Na minha vida eu tenho várias decisões desse tipo para tomar, algumas nem sei se um dia conseguirei tomar de verdade, mas hoje quero dividir com vocês uma que me foi muito especial, foi de fato um passo importante em minha vida.

Começo com informações essenciais para o entendimento dessa história (para quem não me conhece). Eu sou Andressa, tenho 21 anos, namoro há mais e 2 com o Leandro - um garoto que me trata como princesa, com muito respeito, carinho, paciência e amor! Desde há muito tempo eu coloquei em minha cabeça alguns "princípios" e "ideias", como por exemplo: eu sei que sou uma pessoa que gosta de namorar sério, não sirvo para ficar com um por semana, não se encaixa no meu gosto, mas não significa que eu não aceite. Também sou muito caseira, troco uma balada super animada por um filminho em casa fácil, fácil. Não posso dizer que sou normal, afinal muitos dos meus gostos diferem da maioria das pessoas da minha idade, mas devo confessar que me sinto absolutamente bem com o tipo de vida que levo hoje.
Entre essas ideias fixas, eu também sempre considerei que filhos é algo impensável para mim. Eu não tenho instinto materno, não sou chegada em crianças, acho que eu seria muito impaciente e também tenho muito medo dos 9 meses.

Eis que surge em minha vida o Leandro, aquele que já disse lá em cima que amo muito. Esse garoto realmente é o que eu sempre esperei, ele atende minhas expectativas, me faz rir, me faz chorar (de alegria), me faz surpresas ótimas e com certeza é o homem de minha vida - sim! Nós dois já conversamos sobre isso muitas e muitas vezes, ele já disse com todas as palavras que quer viver para sempre comigo.... Enfim. Acho que vocês já entenderam que é ele. O fato é que ele tem um sonho do qual eu não compartilho: ter filhos.
Desde o início ele deixou isso muito claro para mim, assim como eu deixei minha posição clara para ele também. Logicamente nunca sentamos para discutir seriamente o assunto, já que é uma decisão totalmente fora de nossa realidade no momento (novos e ainda namorando). Mas sempre que ele tinha uma oportunidade me falava sobre bebês, era só ver um no shopping passando ao nosso lado que ele logo começava a apertar minha mão, como se para chamar minha atenção. Não nego que entrei algumas vezes na brincadeira, até sobre nomes já conversamos (várias vezes), inclusive o nome para menino já estava escolhido.
Ele demandou muito tempo tentando me convencer a aceitar a ideia, de forma discreta e sem pressão, mas mesmo assim eu via nos olhos dele que por trás de tudo aquilo havia um desejo de eu dizer "ok". É neste momento que eu tive que considerar as vontades dele como o homem que amo e quero passar o resto de minha vida e também medir as minhas vontades. É claro que o que ele pensa pesa, mas não posso colocar isso na frente de minhas vontades, de forma alguma. Um outro princípio meu diz respeito justamente a me amar antes de tudo, pois sei que se eu gostar de mim mesma, me valorizar e me respeitar terei capacidade suficiente para amar outra pessoa da maneira certa.
Teve uma vez que nós estávamos conversando no calçadão da praia de Santos, tranquilamente, quando ele diz:
Amor, imagine que um dia você receba um desenho de criança, com aqueles riscos desiguais, sendo que uma é você e a outra é ela, pequena, e vocês duas estão de mãos dadas. E logo acima, com aquela letra tortinha de bebê esteja escrito "mamãe eu te amo".

Sim, acreditem. Ele deu esse golpe baixo em mim. É claro que quando alguém fala assim, dessa forma, é quase impossível ignorar. Foi a partir dai que parei de dizer "não" e resolvi ouví-lo. Como num tribunal, onde o juiz escuta os dois lados para depois definir a sentença.

Deste dia em diante eu continuei agindo da mesma forma que antes, afinal eu decidi ouví-lo, mas ele não precisava saber disso. E muita coisa passou pela minha cabeça. muitas vezes eu disse a mim mesma que era loucura, outras vezes eu pensei que loucura era não aceitar. Me peguei pensando em como seria e sorrindo com a ideia, mas logo em seguida meu instinto de auto-proteção me impedia de continuar. E isso ficou por muito e muito tempo. É claro que esse não se tornou o objetivo da minha vida, eu não pensava a toda hora nem todo dia, mas quando pensava eu sabia que eram mais argumentos para meu "julgamento".

Foi no dia dos namorados de 2010 que ganhei os quatro livros da Sthefany Meyer: Crepúsculo, Lua nova, Eclipse e Amanhecer. Não farei resenha e nem deixarei minha opinião sobre os livros neste momento, apenas é importante ressaltar a leitura do último. Foi uma leitura muito rápida, o fato de ser uma história ainda desconhecida para mim (já que as outras três eu já tinha visto o filme) me fez devorar o livro. Em Amanhecer fala-se muito sobre filhos, e isso me fez retomar meus pensamentos.
Existe uma passagem no livro em que a personagem "Bella" começa a pensar sobre o fato de estar grávida. Em um determinado momento ela está sozinha na cozinha, aguardando para voltar a Forks, quando começa a pensar sobre o amor que sentia por aquela criança. Naquela parte do livro não faziam nem 10 minutos que ela tinha descobrido a gravidez, então ela descreve que o coração dela de repente não tinha se dividido entre o amor que sentia por Edward e o amor que sentia pelo bebê, mas ele tinha sim se duplicado. Era um novo coração totalmente dedicado à criança.
Bem, eu sempre pensei que deve ser difícil deixar de amar seu marido ou esposa tanto quanto amava antes por conta de um filho. Isso com certeza muda a relação, mas essa passagem me fez pensar: Mas por que eu preciso dividir? Eu não preciso amar menos meu marido, meus amigos, minha família só para começar a amar uma criança, isso não é necessário, não é uma regra. Eu posso muito bem "criar" um novo coração.
Foi assim que eu resolvi um dos meus grandes medos, que era ter uma mudança muito grande em relação ao que sinto pelo Leandro. Eu sei que a relação muda, que a atenção e as preocupações mudam, que a prioridade passa a ser o bebê, mas pelo menos eu sei que se algo mudar não precisa ser para pior, pode ser para mais. Mais amor, mais coisas em comum, mais vínculos.

Mas não estava tudo resolvido, eu apenas resolvi uma pequena parte. E novamente o livro se intromete. Dessa vez não com uma única passagem, mas com vários detalhes pequenos que ficavam me lembrando e lembrando. O fato desse assunto ficar todos os dias na minha cabeça me fez pensar mais sobre, me fez considerar outros pontos de vista e me fez, enfim, tomar uma decisão.

Sim! Eu decidi que no tempo certo, do jeito certo e com possibilidades financeiras e psicológicas eu e o Leandro teremos um filho. O fato de pensar que ele estará comigo é um detalhe muito importante, porque eu decidi pelo sim por saber que não passarei por tudo sozinha, hoje eu aceitei ser mãe do filho do Leandro. Se for outra pessoa, terei que fazer todas essas considerações novamente.

Confesso que é ótimo ter tirado esse peso das minhas costas, o peso de pensar e pensar o tempo todo, o peso de ainda não ter decidido por nada. Não que alguém tivesse me pressionando, na verdade ninguém sabia que eu estava nesse impasse. Mas não pense você que isso acabou totalmente com meus medos, eu apenas decidi encará-los.
E então pensei: ninguém sabe. Uma decisão tão importante tem que ser compartilhada, ainda mais no meu caso, em que todos da minha família e amigos mais próximos sabiam que eu não queria de jeito algum ter filhos. Sendo como sou, é claro que essa notícia tinha que chegar de uma forma tão importante para mim quanto a própria decisão.

Aos meus pais, aos meus amigos mais próximos, aos que me conhecem e a todos que me prestigiam visitando esse blog eu decidi contar a história por inteiro, por isso fiz este post, com detalhes, foi para vocês. Porém há uma pessoa tão interessada nesta decisão quanto eu, e para ele eu tinha que fazer algo significativo, pois eu sei que para ele essa decisão era maravilhosa e muito importante. E foi ai que comecei a "planejar"...

Na segunda parte deste post contarei como foi dar a notícia ao Leandro, um acontecimento muito importante para mim que eu quero compartilhar, mas que tenho certeza que falando não conseguirei (vocês entenderão no post seguinte). Foi um presente inesperado, original. Até o próximo post!

Para ler a parte II, clique aqui.

8 comentários:

  1. Andressa ñ nos conhecemos, sequer já nos falamos pela net, mais depois de ler este post é impossivel ñ comentar. Tenho 26 anos e já passei por esse dilema um dia, e conhecer a pessoa certa para mim foi extremamente importante, hj tenho um bbzinho de 1 ano q faz valer a pena todos dias ter optado pela maternidade. Um beijo grande pra vc! Seja Feliz e concretize lindamente todos os seus planos.

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  2. Iupiiiii! hahahahahaha

    Dê, eu já tenho o nome dos dois filhos que terei com o meu futuro marido. tomamos essa decisão juntos e para ele é muito importante quanto pra mim.
    Adorei que vc tenha tomado essa decisão.. quero ver o próximo post.
    Beeeeijos.

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  3. Dê, Vc sabe que eu já tenho 32 anos, que sou casada há 8 agora esse click está sendo dado tb... Meu cachorro supria minhas necessidades, mas... quem sabe, isso não mude tb...
    E tb tenho nome para meus filhos, caso um dia venha a tê-los...
    Sua decisão com o coração é a mais importante!
    =****

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  4. Ei, psumzinha...
    Own... Eu fiquei feliz não só pela sua decisão. Pelo jeito que eu trato o Pedro vc já sabe que eu morro por criança, mas fiquei feliz por ter feito "parte" disso quando você me contou e me deixou opinar e saber de toda a história. Quero muuuuuito conhecer a "inha" do casal de "Bichinhos" da Trimbo. Beijocas e PARABÉNS! Me orgulhei do post horrores... E da sua decisão tb.

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  5. Dê! que linda a sua decisão amiga!
    Eu também pensava em não ter filhos,até porque eu não tenho muita paciencia com crianças... apesar de eu achar lindo bebês *-*
    Mas eu com meus 18 anos já sei que quero uma menina,podem ser até mais filhos... mas a primeira gostaria MUITO que fosse menina e até nome eu tenho :)
    Não namoro nem nada,mas sei que meu futuro marido vai ter de aceitar minha decisão.
    Eu e minhas amigas conversamos muito sobre isso e quase todas sonham em ter um filho :D
    Parabéns pelo seu esforço (grande eu imagino) de decidir optar pela felicidade do seu namorado! isso faz um bem pra gente né? aceitar as diferenças e repensar no caso?

    Beijo grande e espero teu proximo post! :)

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  6. Querida amei a forma corajosa, sincera e profunda q abriu seu coração neste post(mal posso esperar o próx.),vc é NORMAL sim, já qtdo ser humano é ÚNICO,(cda 1 cm seu jeito d ser,temperamento, caráter,etc)e são essas particularidades q nos torna ESPECIAIS p/as pessoas d nosso convivio.Cmo vc dsse,vcs ainda são jóvens,oq tiver q ser,será,ms tudo tm seu tempo. Áh... o tempo... sbe, ele interfere e muda nossas prioridades promovendo assim nosso AMADURECIMENTO(assim cmo agora vc conseguiu vêr pr 1nvo ângulo 1a questão q até pouco tmpo julgava ser um peso).Continue corajosa, encare seus medos e siga seu coração...esse é o caminho d crescimento d todo ser humano! Viva e Ame mto! Andressa e Leandro,Boa Sorte a vcs!Bjus. San. Limeira-Sp.

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  7. Que lindoooooooo Dessa *-*
    Chorei no meio do post
    Eu acho que nunca contei pra vc, mas meu maior sonho é ser mãe = )
    E é muito complicado pra mim :/ pq eu tenho ovário policístico... =S Então imagina como eu fico com esse assunto maternidade né?
    Mas olha, é um momento muito bom da vida de uma mulher, mas tb é uma decisão muito difícil, concordo com vc
    Mas que bom que vc se decidiu! = )
    Espero que a gente continue amigas pra eu poder ver seu filhotinhooo e você ver o meu = )
    um beijooooooooo da Nane = )

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  8. Linda, fico feliz que tenha chegado a essa decisão ou melhor, que tenha aceitado o que seu coraçãozinho já sabia (não dá para negar a maternidade). Claro que no tempo certo e com responsabilidade, aliás, como tudo que vc sempre fez. Eu até já me candidatei a madrinha dos babys...rsrsrs. Feliz a(s) criança(s) que tiver você por mãe. Bjs, bjs, bjs.

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